A poupança é utilizada por 29% dos investidores brasileiros das classes A, B e C; mas será que ela é a melhor opção?
Você já parou para pensar quanto rende a poupança e se vale a pena investir o seu dinheiro nessa aplicação?
De acordo com dados da pesquisa Raio X do Investidor, realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a poupança é utilizada por 29% dos investidores brasileiros das classes A, B e C.
Isso quer dizer que uma a cada 3 pessoas deixam ao menos uma parte do dinheiro na poupança, o que a torna a aplicação mais popular do país.
Mas será que essa é a melhor opção de investimento, ou existem aplicações melhores, que pagam um rendimento maior com o mesmo risco?
Para você saber quanto rende a poupança e entender tudo sobre essa aplicação, nós preparamos esse artigo com todos os detalhes.

O que você verá nesse post:
Quanto rende a poupança em 2021?
A caderneta de poupança tem uma regra bem específica de rendimento, que depende do nível em que está a Selic, que é a taxa básica de juros da nossa economia.
A poupança rende atualmente 70% da taxa Selic, que está em 4,25% ao ano. Ou seja, a poupança estava rendendo em torno de 2,97% ao ano no começo de agosto de 2021.
Lembrando que, sempre que a Selic sobe ou cai, o rendimento da poupança é afetado. Portanto, esse retorno deverá mudar já nos próximos meses.
Juros da poupança: como eles são calculados?
Como falamos no tópico anterior, os juros de rendimento da caderneta de poupança dependem da taxa Selic. A primeira regra é a seguinte: sempre que a Selic estiver em 8,5% ou mais, a poupança vai render 0,5% da Selic ao mês mais a TR (Taxa Referencial).
Já se a taxa básica de juros da economia estiver abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 70% da Selic. Esse é o caso atual. Como a Selic está em 4,25% ao ano (ou seja, abaixo dos 8,5%), a poupança está rendendo 70% da taxa básica de juros.
Como a inflação afeta a rentabilidade da poupança?
A inflação afeta a rentabilidade de todos os investimentos, não apenas da poupança.
Para entender esse conceito, é preciso pensar no seguinte: quando você investe, está deixando o seu dinheiro em uma aplicação para resgatar um valor maior no futuro, certo?
Por exemplo: digamos que você tenha investido R$ 100 hoje pensando em resgatar R$ 110 daqui a um ano.
Imagine que no momento em que você fez a aplicação, R$ 100 era exatamente o preço de uma calça da marca que você gosta.
Depois de um ano, você resgata os R$ 110 da aplicação que efetuou. Mas a calça que você gosta passou a custar R$ 115, por causa da inflação.
Isso quer dizer que o rendimento do seu dinheiro ficou abaixo da inflação no período. Neste caso, falamos que o “ganho real” da aplicação foi negativo, porque ele não superou o aumento de preços dos produtos no período.
Esse é um grande problema, porque uma das funções dos investimentos é justamente manter o poder de compra do seu dinheiro. A partir do momento em que o investimento rende menos do que a inflação, ele deixa de cumprir o seu objetivo.
Por este motivo, é muito importante pesquisar e buscar aplicações que rendem mais do que a inflação.
Para você ter ideia, a poupança rende atualmente bem menos do que a inflação. Como mostramos anteriormente, a caderneta paga juros em torno de 2,97% ao ano atualmente.
Já a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 8,35% nos últimos 12 meses.
Voltando àquele exemplo, uma pessoa que aplicou R$ 100 na poupança recebeu em torno de R$ 2,97 de rendimento depois de um ano, ficando com R$ 102,97.
Já o produto que custava R$ 100 passou a custar R$ 108,35, por causa da inflação registrada nos últimos 12 meses.
Percebeu como quem investiu na poupança perdeu poder de compra ao longo de um ano?

Investimentos melhores do que a poupança
Existem diversas aplicações de renda fixa que você pode investir com pouco dinheiro, e muitas delas são mais vantajosas do que a caderneta de poupança.
Mas, antes de decidir por um investimento, é importante pesquisar e entender um pouco mais sobre as suas principais características e os riscos envolvidos.
Veja abaixo algumas aplicações que selecionamos para que você faça a comparação.

1 – CDB
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é uma aplicação muito comum de renda fixa e costuma ser oferecido pela maioria das instituições bancárias. O banco emite o CDB para conseguir dinheiro para financiar as suas atividades, como os empréstimos e financiamentos.
Isso quer dizer que quando você investe em um CDB, é como se estivesse emprestando dinheiro para o banco. Em troca, a instituição paga uma rentabilidade mensal pelo seu dinheiro.
O CDB pode ter retorno prefixado ou então pós-fixado. Se a rentabilidade dele for pós-fixada, você verá o rendimento em percentual do CDI.
Para você ter ideia do que isso significa, vamos dar um exemplo. Digamos que José invista em um CDB que paga 100% do CDI. Se em um ano o CDI for de 4,25%, quer dizer que José receberá exatamente 4,25% no final do ano, descontando apenas o Imposto de Renda.
Afinal, 100% de 4,25% é exatamente o mesmo número. Já se ele investisse em um CDB que paga 90% do CDI, seu rendimento seria de 4,10% ao ano, equivalente a 90% de 4,25%.
2 – Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa de compra e venda de títulos públicos federais pela internet.
Isso quer dizer que quando compra um título do Tesouro Direto você está emprestando dinheiro para o governo, que vai usar em obras de infraestrutura, saúde e segurança, por exemplo.
Existem 3 tipos de títulos do Tesouro Direto. Veja abaixo:
Tesouro Prefixado
Este tipo de título possui taxa definida no momento da compra. Isso quer dizer que, ao adquirir um Tesouro Prefixado, o investidor já sabe, na hora, qual será a taxa de juros paga no final do período de aplicação.
Por exemplo: se você comprar um título do Tesouro Prefixado com vencimento em 2026, que paga 8,30% ao ano, significa que vai receber exatamente esse rendimento todos os anos, até o dia do vencimento do título.
Tesouro IPCA+
Esse título paga uma taxa prefixada, definida no momento da compra, e mais a inflação do período, medida pelo IPCA.
O Tesouro IPCA+ é um ótimo investimento para você ter ganho real, ou seja, acima da inflação. Afinal de contas, ele sempre vai ter um retorno maior do que o IPCA do período.
Tesouro Selic
Como o próprio nome indica, o Tesouro Selic rende praticamente o mesmo que a taxa Selic do período. Esse título é ideal para ser usado como reserva de emergência, pois permite resgate imediato sem que você tenha perdas do valor que aplicou.
Já com outros tipos de título (Tesouro IPCA+ ou o Tesouro Prefixado), se você resgatar antes do vencimento pode acabar tendo prejuízo.
3 – LCI e LCA
A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) também é um investimento de renda fixa e a aplicação funciona de forma parecida com o CDB.
A diferença em relação ao CDB é que o dinheiro que você investe na LCI é usado pelo banco em operações do mercado imobiliário.
Funciona assim: quando você investe na LCI, é como se estivesse emprestando dinheiro para o banco usar no setor imobiliário.
Como recompensa, você receberá do banco o rendimento da LCI na sua conta. Se esse rendimento estiver atrelado ao CDI, então você já sabe que vai receber um percentual da taxa, por exemplo: LCI 90% do CDI ou então LCI 100% do CDI.
A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é muito parecida com a LCI, mas o dinheiro que você investe é usado pelo banco em operações destinadas ao agronegócio, como empréstimos para produtores rurais, etc.
Ou seja, quando você investe na LCA o banco pega esse dinheiro e empresta para empresas do agronegócio.
4 – Fundos DI
Os fundos DI são aplicações que possuem liquidez diária, portanto, você consegue usar o dinheiro rapidamente quando pedir o resgate.
Esse tipo de fundo é bastante comum nos bancos e oferece um rendimento muito próximo do CDI.
Mas lembre-se de um detalhe importante: na maioria das vezes, os fundos cobram uma taxa de administração, o que vai acabar diminuindo o rendimento da sua aplicação.
Uma dica é procurar por fundos DI com taxa de administração zero ou muito baixa, como 0,1%. Dessa maneira, o rendimento da sua aplicação não será muito afetado.

5- Conta digital alt.bank
A conta digital alt.bank oferece uma série de benefícios, entre elas rendimento automático, sem que você precise se preocupar em fazer nenhum tipo de aplicação.
O retorno é de 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), ou seja, o seu dinheiro rende mais do que a poupança.
Para você comparar, a poupança rende atualmente em torno de 2,97% ao ano (equivalente a 70% da Selic). Já a conta alt.bank rende 100% do CDI, o que significa em torno de 4,15% ao ano.
Mesmo descontando o Imposto de Renda na alíquota máxima, de 22,5%, o rendimento é de 3,21%.
Já se o dinheiro permanecer na conta por mais tempo, a alíquota de imposto diminui. Considerando a menor alíquota de IR, de 15%, o rendimento da conta digital alt.bank fica em 3,53% ao ano.
Além do bom rendimento, o membro alt.bank ainda conta com outras vantagens, como a conta digital com dinheiro de volta, descontos exclusivos com o Carrefour e farmácias Pague Menos e Grupo Raia, entre outros diversos benefícios que só membros têm.
Conclusão
Investir é a melhor maneira de fazer o seu dinheiro “trabalhar” para você, recebendo juros pela aplicação que você faz.
Se você está com a vida financeira bem organizada, não possui dívidas em atraso, e já consegue economizar um pouco todo mês, então parabéns! Você pode começar a investir para receber um rendimento mensal.
Uma das opções mais simples é justamente a caderneta de poupança, que é uma aplicação popular e que costuma servir como porta de entrada para as aplicações financeiras.
Mas já existem opções melhores do que a poupança, que oferecem um retorno mais alto e sem que você corra um risco maior.
Como mostramos neste artigo, produtos como o CDB, fundos DI, LCI e LCA, e até o Tesouro Direto costumam render mais do que a poupança.
A própria conta alt.bank tem um rendimento melhor do que a caderneta de poupança e ainda oferece diversas vantagens para os membros.
Por isso, não deixe de pesquisar e procure sempre o melhor investimento de acordo com o seu perfil e suas necessidades.
